sábado, 27 de fevereiro de 2010

Onde estão os cartazes ?

Infelizmente, apesar de apostar em um tema tão instigante e polêmico, que belisca cristãos e membros de várias outras correntes religiosas, a CNBB não enviou de maneira satisfatória materiais sobre a Campanha da Fraternidade 2010, a exemplo de Cartazes, para a Arquidiocese de Aracaju.

Geralmente todos os anos a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil subsidiar as dioceses nas Campanhas com o envio de materiais dilvugadores das mesmas. Porém, o que recebemos em Aracaju não foi além dos envelopes para a Coleta Nacional da Solidariedade. Sem contar que, segundo a assessoria da CNBB do Regional NE 3, em Salvador, se a Arquidiocese quiser adquirir cartazes terá que custeá-los.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A economia não é algo odiado

“A economia não é algo odiado, porém é preciso atentar para o seu modo de usá-la e desenvolvê-la. Não fazemos uma crítica a uma pessoa ou governo, mas a uma mentalidade de concentração de renda e de colocar a economia como finalidade de vida em que poderíamos olhar mais a pessoa humana, principalmente as pessoas excluídas que devem ser mais consideradas”


Dom José Alberto Moura

Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso da CNBB.

fonte: CNBB

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O Sistema Econômico atual é imoral e insuficiente

O presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) falau sobre o tema da Campanha, Economia e vida, criticando o sistema econômico mundial e, citando muitos dados referentes à economia internacional e brasileira.

“Precisamos ter a coragem de afirmar que o sistema econômico atual é imoral e insuficiente”, disse. “A Campanha da Fraternidade deve nos fazer ousados para rever os conceitos econômicos que imperam no mundo e no nosso país”, completou. Ele condenou, por exemplo, as altas taxas de juros e o lucro dos banqueiros. “Nada justifica as altas taxas de juros”, acentuou.

A Campanha da Fraternidade deste ano discute a economia e sua relação com a vida. As cinco Igrejas que compõem o Conic, responsável pela Campanha, denunciam uma economia que coloque o lucro acima da vida e da dignidade da pessoa humana. Rejeitam, igualmente, um sistema econômico que tenha como base um desenvolvimento que agride o meio ambiente e faz aumentar a distância entre pobres e ricos.

“Todo e qualquer sistema econômico deve estar a serviço da vida e não do lucro e dos bancos”, disse o presidente do Conic.
Segundo Möller, a meta estabelecida pela ONU de reduzir pela metade o número de famintos e empobrecidos no mundo até 2015 está longe de ser alcançada. “Dez anos se passaram e o número de pobres aumentou”.

Para o Möller, o Brasil será viável na medida em que aplicar os impostos arrecadados naquilo a que se destinam. Ele cobrou ainda “honestidade e melhor distribuição de renda” no país.

fonte: CNBB

Breves Perguntas e Respostas sobre a CF 2010

Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010


Tema: Economia e Vida

Lema: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt: 6,24)


1) Quem organiza esta Campanha?

= A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e o CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs).

2)Quem faz parte do Conic?

= Igreja Católica Apostólica, Igreja Episcopal Anglicana, Igreja Luterana, Igreja Presbiteriana Unida e Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia.


3)Quais os objetivos da Campanha da Fraternidade?

=Sensibilizar sobre a importância da Pessoa; buscar a superação do consumismo; criar laços de proximidade com as pessoas; mostrar a relação entre Fé e Vida por meio da prática da Justiça; reconhecer as responsabilidades individuais diante de problemas da vida econômica.


4)Como alcançar os objetivos da Campanha?

= Denunciando a perversidade de todo modelo econômico que vise em primeiro lugar o lucro, sem se importar com a desigualdade, miséria fome e morte, educando para a prática de uma economia de solidariedade de cuidado com a criação e valorização da vida como bem mais precioso, conclamando igrejas e toda a sociedade para ações sociais e políticas que levem á implantação de um modelo econômico de solidariedade e justiça para todas as pessoas.

5) Por que houve a escolha do tema?

=Através da observação das injustiças sociais que causam exclusão em função do lucro, da economia de mercado que mede o ser humano como um produtor de ‘coisas’ e acumulador de renda, mesmo que para isso outros seres humanos e a natureza tenham que ser submetidos à exploração da ganância e da vantagem. O texto-base insiste que a economia existe para a pessoa e para o bem comum da sociedade e não a pessoa para a economia. A proposta é a escolha por valores humanos, frente à escravidão ao dinheiro. O dinheiro, embora necessário, não pode ocupar a supremacia da vida.


6)Sobre a coleta nacional de evangelização

=A coleta será realizada no Domingo de Ramos (28 de Março), embora as doações já possam ser feitas durante a quaresma como expressão concreta de um verdadeiro jejum, em que 60% ficarão em cada comunidade para que sejam aplicados em trabalhos de solidariedade local, e 40% serão enviados para o Fundo Ecumênico da Solidariedade Nacional.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Onde está o teu tesouro ?








Onde está o teu tesouro?


O cristão não deve colocar sua segurança nos bens que possui



O tema da Campanha da Fraternidade deste ano, “Economia e Vida”, e seu lema, “Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24) tem implicações claras para a ética social. O amor exagerado ao dinheiro está na raiz de injustiças sociais, misérias, desonestidades, violências e insensibilidades diante dos sofrimentos do próximo, degrado ambiental e morte; por isso, o apelo à conversão quaresmal tem fortes implicações para o nosso comportamento social. Nossa ação de discípulos de Jesus Cristo deverá ajudar a marcar as relações econômicas com a ética da solidariedade e da fraternidade, em vez da lógica do lucro ávido; a busca esforçada do bem comum deve tomar o lugar da afirmação individualista do bem pessoal.

O tema da Campanha, porém, também traz à nossa reflexão uma questão que nunca deve ser esquecida: em que consiste o verdadeiro bem do homem? Entre os muitos bens acessíveis e legitimamente desfrutáveis, algum é o bem supremo que não poderá ser trocado por nenhum outro? Esta questão, que tem implicações fundamentais para a vida pessoal e a fé em Deus, perpassa toda a Bíblia e merece mais de uma observação de Jesus nos Evangelhos. A pensar bem, a questão também é posta por quase todas as religiões que identificam, geralmente, no apego às riquezas deste mundo um perigo para a fé em Deus; é verdade que alguma forma de religiosidade também pretende colocar Deus a serviço da aquisição de bens, através de certa “teologia da prosperidade”; mas tenhamos a certeza disso: usar Deus para fazer dinheiro ou para prometer bens aos outros é, claramente, desrespeitoso e blasfemo em relação a Deus.

A palavra de Jesus – “não podeis servir a Deus e ao dinheiro” faz referência direta ao primeiro mandamento da Lei de Deus: “Não terás outros deuses fora de mim; amarás o Senhor, teu Deus, e somente a ele servirás”. Servir ao dinheiro é colocá-lo no lugar de Deus, passando a dar-lhe mais atenção que ao próprio Deus; e o dinheiro é transformado em ídolo. Ainda no sermão da montanha, Jesus ensina os discípulos a serem sábios durante a vida e a buscarem tesouros verdadeiros, e não aparentes: “Não ajunteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem e os ladrões assaltam e roubam. Ao contrário, ajuntai para vós tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, nem os ladrões assaltam e roubam. Onde está teu tesouro, aí também está teu coração” (Mt 6, 19-21).

O cristão e toda pessoa de bom senso não deve colocar sua segurança nos bens que possui. Jesus adverte contra todo tipo de ganância, que é a busca ávida dos bens; e conta a parábola daquele homem rico, que fez uma colheita muito abundante e pensou: “agora posso ficar tranquilo, tenho reservas para muitos anos e vou gozar a vida...” E Jesus diz que aquele homem foi “insensato”, ou seja, sem juízo: “naquela mesma noite ele morreu; e toda a riqueza que ajuntou, para quem ficou? Coisa semelhante acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não se torna rico para Deus” (cf Lc 12, 13,21).

Também o sábio do Antigo Testamento, que avaliava todas as coisas a partir do horizonte de sua fé e confiança em Deus, já advertia contra a ilusão das riquezas: “Por que temer os que confiam nas riquezas e se gloriam da abundância de seus bens? Ninguém se livra da morte por dinheiro, nem pode pagar a Deus o seu resgate; por nenhum preço dá para livrar-se da morte e por nenhuma riqueza poderá o homem comprar-se uma vida sem limites, ou assegurar para si uma existência imortal; morrem os sábios e os ricos igualmente; morrem os loucos e também os insensatos; e todos terão por casa uma sepultura...” (cf Sl 48 (49), 6-12). Nada se leva deste mundo, tudo se deixa para trás, a não ser os “tesouros” acumulados no céu durante esta vida.

Naturalmente, o problema não está nos bens, enquanto tais; a visão de fé sobre a vida nos faz acolher e apreciar, com simplicidade e gratidão a Deus, os bens colocados à nossa disposição pela natureza, ou aqueles conseguidos através do trabalho honesto. O problema, de um lado, é saber se a posse dos bens foi legítima e não lesou o direito e a dignidade de ninguém. Por outro lado, importa ver nossa atitude em relação aos bens: se eles se tornam o valor supremo de nossa vida e, por eles, somos capazes de sacrificar qualquer outro bem, quer dizer que eles tomaram conta de nossa vida e passamos nós a ser servidores deles, em vez de estarem eles a nosso serviço. Aqui começa a idolatria dos bens, pois o próprio Deus, sua lei e seus mandamentos, ficam em segundo plano diante das “exigências” desse ídolo. Sem falar dos irmãos, que se tornam vítimas nessa idolatria...

Por isso, a Campanha da Fraternidade nos faz rever nossas atitudes em relação ao dinheiro e aos bens deste mundo; que eles sirvam à nossa vida e ao bem comum, para conviver em fraterna solidariedade com os outros. Isso requer conversão contínua.



Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer
(Arcebispo de São Paulo)

Fonte: cancaonova.com

Deus e o Dinheiro: o que diz as Sagradas Escrituras ?

Atos 8,20

Pedro respondeu: “Maldito seja o teu dinheiro e tu com ele, porque julgaste poder comprar com o dinheiro o dom de Deus. Não terás direito nem parte alguma no ministério, porque teu coração não é reto diante de Deus.

Marcos 4, 19

Mas sobrevêm as preocupações do mundo, a sedução das riquezas e as muitas cobiças que sufocam a palavra e a tornam estéril.

Lucas 12, 29

Não vos inquieteis, procurando o haveis de comer ou beber, porque são os pagãos do mundo que se preocupam com tudo isso. Vosso Pai sabe que tendes necessidades disso. Buscai antes o seu Reino e recebereis estas coisas de acréscimo.

Filipenses 4, 6

Não vos inquieteis por coisa alguma. Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas necessidades em oração e súplica, acompanhadas de ação de graças.

I Pedro 5, 7

Lançai sobre ele vossas preocupações, porque ele cuida de vós.

Mateus 6, 34

Não vos preocupeis com o dia de amanhã. O dia de amanhã terá suas próprias dificuldades. A cada dia basta o seu peso.

Lucas 16, 13

Nenhum servo pode servir a dois senhores, pois ou odiará um e amará o outro, ou será fiel a um e a abandonará o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.

I Timóteo 6, 10

Por que a raiz de todos os males é a cobiça do dinheiro. Por causa dela muitos se extraviaram da fé e se atormentam com muitos sofrimentos.

Coleta Nacional da Solidariedade

Dia 28 de Março: Domingo de Ramos, será o Dia da Coleta Nacional da Solidariedade. Mas você já pode fazer sua doação nas Paróquias. Procure o padre da sua comunidade, peça o envelope ou o pequeno cofre para fazer sua doação.

E-MAIL DO BLOG

arcampanha@gmail.com

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Quaresma e Fraternidade

A quaresma é o tempo de Conversão (mudança de mentalidade, de vida, de sentimentos e de conduta) para, através do Jejum, da Oração e da Caridade, cada pessoa possa se aproximar mais da vida cristã, vivendo como seres chamados à Santidade. Para nos ajudar na dinâmica da oração durante este período que antecede a Páscoa, a Igreja propõe a meditação dos difíceis passos de Cristo até a chegada da superação da morte pela cruz: a Via-Sacra.
Durante a Quaresma, em todas as comunidades paroquiais da Arquidiocese de Aracaju, bem como nas comunidades religiosas, estamos rezando a Via-Sacra procurando observar os sofrimentos de Jesus nas pessoas que são exploradas pelo trabalho e são mal remuneradas, as vítimas da Economia Distruidora do Capitalismo excludente. Por isso, você pode adquirir o livro da Via-Sacra com o Tema da Campanha da Fraternidade 2010 nas Livrarias Católicas de Aracaju ou nas Paróquias. Rezemos meditando as dores de Jesus nas dores dos irmãos menos favorecidos, com a esperança de que Nosso Senhor suscite mais pessoas de boa vontade para a expansão de uma Economia que valorize a Pessoa Humana.

Registro da Coletiva de Imprensa para a apresentação do Tema da Campanha da Fraternidade 2010














O Bispo Auxiliar em Aracaju (foto central) discorreu acerca do tema da Fraternidade Ecumênica 2010 à Imprensa sergipana no último dia 19 de fevereiro. Assessorando Dom Henrique Soares da Costa, durante a Coletiva, estiveram presentes o Padre Rogério Santana, Coordenador de Pastoral da Arquidiocese de Aracaju (à esquerda) e o Padre Iranilton Oliveira, Coordenador das Campanhas da Arquidiocese de Aracaju (à direita).

Em quais comunidades posso contribuir para a Campanha da Fraternidade?

Os locais de contribuição são as Paróquias ou na Cúria Metropolitana de Aracaju.

A coleta acontecerá até o Dia 28 de Março (Domingo de Ramos) em que 60% das arrecadações ficarão na Arquidiocese para ser investidos em programas locais de assistência a comundiades ou projetos ligados à temática:"Economia e Vida", enquanto os 40%serão enviados para o CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs) em Brasília com objetivo de aplicar a projetos nacionais de solidariedade.

Como fazer sua doação para ajudar a projetos solidários?

Contribua na sua comunidade doando o que o seu coração permitir, utilizando os pequenos cofres distribuídos para depositar sua oferta para ajudar a projetos destindados a uma maior extensão da Economia Solidária: associações, comunidades carentes.

Lançamento da Campanha da Fraternidade na Arquidiocese de Aracaju

Hoje, dia 20 de fevereiro, às 16h na Catedral Metropolitana de Aracaju acontecerá a Celebração Eucarística na qual haverá o lançamento da Campannha da Fraternidade Ecumênica 2010, com o tema: 'Economia e Vida' e lema:"Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro". Para o evento várias pessoas são aguardadas; entre elas autoridades civis, agentes pastorais, cristãos, sacerdotes, religiosos e pessoas de boa vontade que buscam a valorização do ser humano através de uma economia solidária.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Campanha da Fraternidade na Arquidiocese de Aracaju

Foi realizada nesta sexta-feira, dia 19 de fevereiro, na Cúria Metropolitana da Arquidiocese de Aracaju, às 10h, uma Coletiva de Imprensa com o objetivo de apresentar o tema da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010: "Economia e Vida", que traz como lema: "Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro" (Mt:6, 24). Na ocasião se fizeram presentes o Bispo Auxiliar em Aracaju, Dom Henrique Soares da Costa, o Padre Iranilton Oliveira, Coordenador das Campanhas da Arquidiocese, e Padre Rogério Santana, Coordenador de Pastoral. Foi enfatizado por Dom Henrique, citando o Papa Bento XVI, que a proposta da campanha é apresentar à sociedade a proposta de um economia "amiga do ser humano", que valorize a dignidade deste colocando-o em posição de "fim" e não de "meio" para interesses lucrativos.